A segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) prevêinvestimentos de pelo menos R$ 40 bilhões em saneamento básico entre2011 e 2014, o mesmo volume da primeira etapa, e pode chegar a cifrasmais altas. O governo está fechando os números e deve anunciar o pacoteno dia 29 de março.“Estamos otimistas, torcemos para que osnúmeros que apresentamos, que estão acima dos valores atuais, sejamconfirmados. No mínimo, os números atuais serão mantidos”, adiantou osecretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades,Leodegar Tiscoski.A manutenção do ritmo de investimentos deve acelerar o acesso à água potável e ao saneamento básico no país,segundo Tiscoski. Os dados mais recentes apontam que 80,9% dosbrasileiros são atendidos com água potável, mas apenas 42% têm coletade esgoto. O índice de tratamento só chega a 32,5%.A universalização desses direitos custariapelo menos R$ 200 bilhões em investimentos, de acordo com o secretário.No atual ritmo de aplicação dos recursos, a meta levaria pelo menos 20anos para ser cumprida. No entanto, segundo Tiscoski, a continuidadedos investimentos pode acelerar os resultados.“Antes do PAC, os setores estavam muitodesmobilizados. Foram muitos anos sem investimentos, não haviaprojetos, a indústria não estava preparada, faltava corpo técnico. Coma continuidade do PAC, o setor vai se manter mobilizado.”O secretário acredita que o Brasil ainda pode atingir a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio parasaneamento, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), dereduzir pela metade a proporção da população sem acesso à água e aoesgotamento sanitário até 2015.De acordo com o Sistema Nacional deInformações sobre Saneamento, elaborado em 2009, a probabilidade de oBrasil cumprir a meta para abastecimento de água no ano passado era de70%. Já a chance real de atingir a meta de esgotamento sanitário era demenos de 30%.Apesar dos desafios, o secretário acreditaque o Brasil tem motivos para comemorar o Dia Mundial da Água,celebrado hoje (22) pela ONU. “Temos muito a comemorar, principalmentepelos investimentos. Mas ainda há muito o que fazer, temos muitosmananciais comprometidos. E, quando se trata de saneamento, as açõessão lentas e os reflexos são mais lentos ainda”, ponderou
Fonte: Agência Brasil
segunda-feira, 22 de março de 2010
Governo prevê investimentos de R$ 40 bilhões em saneamento básico
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