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Parceria Publico-Privada no Saneamento


Artigo



O Brasil conviveu nos anos 1990 com uma grande onda de privatizações, com destaque para o setor energético e de telecomunicações. O setor de saneamento não entrou nessa onda, pelo menos da forma que desejavam os governantes à época , principalmente por que a concessão dos serviços de saneamento não é federal. A atribuição da prestação desses serviços é do município, que pode operar diretamente ou sob regime de concessão privada ou através de contrato de programa quando o operador for público.
A maioria dos municípios brasileiros tem como operadora as companhias estaduais de saneamento, que hoje atendem cerca de 80% da população brasileira.
Apesar de nos últimos anos o setor ter retomado o acesso a recursos financeiros e ao planejamento das ações, as carências são grandes, sobretudo no que se relaciona à coleta e o tratamento de esgotos, além disso, muitas pessoas ainda enfrentam o problema da intermitência no abastecimento de água, ou seja, não têm água disponível 24 horas por dia nos 365 dias do ano. Fato que ocorre com freqüência nas periferias das cidades.
Como grande parte dos Municípios, Estados e operadores públicos de saneamento encontram dificuldade de captação de recursos para ampliar os investimentos no setor, seja por falta de capacidade de elaborar projetos, seja pelo limite de endividamento, surge uma alternativa à essas dificuldades: a Parceria Público-Privada (PPP), instituída pela Lei Federal nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, uma “nova” modalidade de privatização.

Segundo a lei, a Parceria Público-Privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.

A concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

A concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento instalação de bens.

Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

Para que se configure PPP é necessário que o valor do contrato não seja inferior a R$ 20 milhões e o tempo do contrato não seja inferior a 5 anos.


Por que somos contra a PPP no Saneamento

1. Como podemos observar na explicação acima, uma das diferenças entre a concessão comum e a PPP é que o parceiro privado se responsabiliza por financiamento, construção e operação de empreendimentos. Já na concessão patrocinada ou administrativa (PPP), o que difere é a existência de pagamento, ao parceiro privado, por parte da administração publica, ou seja, e a participação sem risco, até porque a legislação das PPPs prevê formas de garantia ao privado.

2. As condições para que o setor público aumente sua intervenção no setor de saneamento foram ampliadas de forma significativa nos últimos anos permitindo que os operadores, principalmente os municipais, se tornem protagonistas das ações de saneamento. Essas condições foram dadas pela nova legislação nacional; pelo aporte de recursos disponibilizados através do Plano de Aceleração de Crescimento – PAC e pela retomada do planejamento. Além disso o Governo Federal criou uma série de programas e ações que tem por objetivo ajudar na modernização da gestão e qualificação técnica dos profissionais do setor.

3. Segundo o ex-presidente da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas dos Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), Ives Besse em entrevista ao Jornal Valor em 22/03/2011 a PPP “é um bom negócio para as concessionárias privadas de serviços de água e esgoto. Garantem fluxo regular de recursos a longo prazo, já que os contratos são em geral de 20 a 30 anos. O lucro do privado depois de descontar juros, impostos, depreciação e amortização, normalmente é significativo. Já no quinto ano, em média, a rentabilidade chega a 45% numa concessão comum. Nas PPPs essa rentabilidade pode chegar a 70% devido ao forte investimento no início do contrato”.

4. Com relação à PPP no abastecimento de água a situação é mais grave, afinal estamos falando de um monopólio natural, estratégico para o desenvolvimento social e econômico do País e que guarda profunda relação com a saúde pública e o meio ambiente. Por isso é fundamental que o controle desse bem fique a cargo do setor público.

5. Quando analisamos as PPPs já implementadas ou em andamento, o que vemos são contratos para médias ou grandes cidades e regiões metropolitanas, onde a possibilidade de ganho é muito maior, além disso é comum observamos que os projetos retiram da lista de intervenções, locais de difícil execução de obras como favelas e fundos de vale. O setor privado não apresenta propostas de soluções para universalizar o saneamento nas regiões pobres do País. Essa tarefa deixa com o poder público. Outro fato que chama a atenção, é que, normalmente, nas áreas onde se prevê a realização de PPP, os índices de abastecimento de água e coleta de esgotos são significativos, ou seja, requer soma de recursos não tão elevados.

6. Cidades de vários países, como França, Itália, Bolívia, Argentina, entre outros, reestatizaram os serviços de saneamento. Em muitos casos em função do aumento abusivo de tarifa e em outros pela precariedade da prestação dos serviços.

7. É muito mais difícil garantir a participação da sociedade civil em instrumentos de controle social sobre a prestação dos serviços de saneamento quando são operados através de PPP do que quando a operação se da pelo setor público.

Como podemos observar ao analisarmos o item 3 do texto, constatamos que, se é possível o saneamento ser viável para o setor privado, também pode ser para o setor público. O que precisa ser feito é investir cada vez mais no aumento da eficiência e eficácia dos operadores públicos de saneamento.

O que defendemos na defesa da gestão pública do saneamento

1. Um amplo Programa de Recuperação e Revitalização dos operadores públicos de Saneamento como forma de se atingir uma gestão mais eficiente no consumo de energia, na redução de perdas, na modernização de equipamentos, no uso da telemetria, na modernização/automatização da operação, no setor comercial;

2. Defendemos destinação de um percentual do PIB anual como forma de se atingir os investimentos necessários para que em 20 anos o País alcance a universalização do acesso aos serviços de saneamento em quantidade e qualidade adequadas. De acordo com o Ministério das Cidades, para universalizar o saneamento básico em 20 anos é necessário investir R$ 168 bilhões;

3. Desoneração do PIS/COFINS e a criação de instrumentos que garantam que esses recursos integrem um fundo de investimento em saneamento;

4. Um amplo debate nacional sobre a flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal para captação de recursos para o setor;

5. Criação e implementação de instrumentos de controle social para o acompanhamento e fiscalização das ações em saneamento.

6. Por fim acreditamos e defendemos que a Parceria Público-Publico (PPP), seja nosso instrumento para manter os serviços sob o controle público. Parceria entre os municípios, os Estados e a União, instrumento já garantido pela Lei 11.107/05 (Lei de Consórcios Públicos) que institui a gestão associada de serviços públicos.

Dessa forma, não temos dúvidas que o Brasil alcançara níveis dignos de um País que caminha de forma célere ao desenvolvimento. Desenvolvimento que só será possível quando todo cidadão e cidadã tiverem acesso aos serviços básicos de saneamento.

Edson Aparecido da Silva
Coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental
Assessor de Saneamento da FNU
Agosto de 2011
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Galindo insiste em concessão, mesmo com perda do PAC


Prefeito sonha com "altos investimentos" das empresas privadas em Cuiabá



Apesar da possibilidade de Cuiabá perder R$ 355 milhões de investimentos no setor, oriundos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o prefeito Chico Galindo (PTB) informou que vai manter a proposta de terceirizar o serviço de água e esgoto em Cuiabá.

"Vamos perder o PAC do Governo Federal, mas vamos ganhar oito vezes mais de investimento", declarou o prefeito, em entrevista ao Midianews.

O argumento de Galindo é de que a iniciativa privada vai ter mais capacidade de investimento, além de acreditar que, no prazo de três anos, o problema do abastecimento de água e da precariedade do sistema de esgoto vai chegar ao fim.

"Quem vencer a concorrência tem que investir mais de R$ 2 bilhões em Cuiabá. É o suficiente para universalizar água e esgoto, pagar a divida da Sanecap, direito trabalhista e pavimentar toda a Cuiabá. Em três anos, acreditamos que é o prazo suficiente para cumprir essas metas", disse.

Galindo também acredita na participação de empresas qualificadas para investir no sistema de água e esgoto em Cuiabá. "A concessão é um edital público internacional, ou seja, até empresas fora do país podem concorrer. A empresa que assumir a gestão vai ter várias obrigações a cumprir e que já estarão no edital. Se descumprir alguma meta, a gestão será entregue ao município", observou.

Sem preocupação

Apesar do protesto de servidores da Sanecap contrários a privatização, Galindo não acredita que a ideia de remeter a gestão do sistema de água e esgoto em Cuiabá seja negativa a sua imagem, a ponto de prejudicá-lo em projetos políticos futuros.

"Não vi nenhuma manifestação da sociedade. A única que vi foi o apoio da Fiemt (Federação das Industrias de Mato Grosso) e da CDL (Câmara de Dirigente Lojista). Se tem um presidente de bairro contra, cinco são a favor. Ninguém quer esgoto a céu aberto e estou lutando por uma solução. Defendo uma discussão ampla para que todos saibam o beneficio que vai ser gerada a população. Do jeito que está não pode ficar", afirmou.

Culpa da imprensa

O Ministério das Cidades já informou que a terceirização do serviço de água e esgoto em Cuiabá implica na perda de recursos da primeira e segunda etapa do PAC.

Como as obras do programa do Governo Federal em Cuiabá e Várzea Grande serão tocadas pelo Estado, o governador Silval Barbosa foi notificado pela Caixa Econômica Federal (CEF) do bloqueio de R$ 355 milhões.

Após retornar de uma viagem a Brasília, na terça-feira (2), Chico Galindo afirmou que conseguiu desbloquear o dinheiro e culpou veículos de comunicação pelo episódio.

"A imprensa noticiou que tinha um processo de concessão e não existe isso, porque nenhum edital foi lançado. Estamos somente discutindo uma possibilidade. A imprensa estava informando que a Sanecap já estava vendida, estava privatizada, e o governo federal acreditou, assim como a população. Já informaram a verdade a Caixa Econômica Federal e o recurso não foi bloqueado", disse.
Fonte: Mídia News
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Comissionado frauda folha de pagamento da Cosanpa


Desvio mensal dos cofres da Cosanpa chega ao valor médio de R$40 mil reais. Fraudador tinha total autonomia da diretoria da empresa.



O Sindicato tomou conhecimento do grande desvio de recursos que um comissionado vinha efetivando na folha de pagamento da Cosanpa. Com total autonomia concedida pela diretoria da empresa, o comissionado tinha toda a liberdade para processar a folha da empresa.
Ele fraudava a folha emitindo folha complementar de aproximadamente R$ 40 mil reais ao mês. Essa fraude já durava cerca de um ano, mas só agora, devido o comissionado estar em férias viajando para outro estado, é que a Cosanpa veio a descobrir.
Os trabalhadores estão indignados e exigem imediata apuração dos fatos, bem como pede também a apuração do “superfaturamento” nas contas de água.
É por esse e tantos outros absurdos que a empresa se encontra deficitária! A culpa, portanto, não é do trabalhador, pois esse tem compromisso com a prestação do serviço, sua a camisa diariamente e faz o dia a dia da empresa.
Ah os comissionados...
No Boletim de sexta-feira passada dissemos que os comissionados tem a intenção de formar uma elite na Cosanpa, grupo de privilegiados, apadrinhados políticos que gozam de salários bem acima da média dos efetivos e que se acham melhores que os demais.
Pois bem, o escândalo da fraude na folha de pagamento, desvio de proximadamente meio milhão de reais da combalida Cosanpa, vem comprovar o que dissemos: os comissionados estão na empresa para defender seus próprios interesses e não os da Cosanpa, e não os da categoria!
A diretoria da empresa, por sua vez, deu pleno poder a esse fraudador, deixou que ele manipulasse a folha à vontade. Ele tinha mais poderes que os trabalhadores da área de recursos humanos.
Os trabalhadores ficam a se perguntar, será que este comissionado desviava dinheiro da Cosanpa isoladamente ou existem mais envolvidos?

Fonte:Stiupa
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Audiência discute Plano Nacional de Saneamento Básico

Audiência discute Plano Nacional de Saneamento Básico
A Comissão de Desenvolvimento Urbano realiza hoje audiência pública para discutir a versão preliminar do Plano Nacional de Saneamento Básico. O debate foi proposto pelo deputado Roberto Britto (PP-BA). A elaboração do plano, prevista na Lei 11.445/07, é regulamentada por decreto baixado no ano passado (7.217) .

O plano estabelecerá as diretrizes nacionais para a área de saneamento básico. Roberto Britto lembra que a legislação prevê que a proposta do governo deverá ser discutida por meio de consulta pública e em audiências.

Ele afirma que a discussão pública importante, pois o plano definirá a política para o setor de saneamento por 20 anos e terá impacto direto na qualidade dos serviços oferecidos ao cidadão, como abastecimento de água, coleta de esgoto, manejo de águas pluviais e gestão de resíduos sólidos.

Foram convidados o professor Léo Heller, coordenador do Consórcio de Universidades UFMG, UFRJ e UFBA, responsável pelo estudo Panorama do Saneamento Básico no Brasil; o gerente de Projetos da Diretoria de Articulação Institucional da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, Ernani Ciríaco de Miranda; e representantes dos seguintes órgãos e entidades:
- Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades;
- Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe);
- Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae);
- Associação Brasileira das Concessionárias Privadas dos Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon);
- Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP);
- Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abelpre);
- União Nacional por Moradia Popular.

Fonte: Câmara dos Deputados
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PAC do Saneamento destina R$ 5 bilhões para municípios com menos de 50 mil habitantes

Os municípios com menos de 50 mil habitantes receberão R$ 5 bilhões para investimentos na área de saneamento básico. O investimento faz parte do PAC Saneamento, anunciado pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, durante a Marcha dos Prefeitos, esta semana. Ao todo, são 4.855 municípios beneficiados, que concentram 32% da população brasileira.

O novo programa estabelece critérios de seleção. Nessa primeira etapa serão disponibilizados R$ 3,2 bilhões, sendo que parte desse financiamento (R$ 1 bilhão) será efetuado por meio do Ministério das Cidades (MCidades) e outros R$ 2,2 bilhões provenientes do Orçamento Geral da União (OGU) via Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O critério de contratação terá como inovação a dispensa da contrapartida do OGU.

Na modalidade de abastecimento de água, com valor de investimento de R$ 1,2 bilhão, o objetivo é a ampliação da cobertura, melhoria e regularidade no atendimento, e redução de doenças causadas pela falta de saneamento básico. As principais ações apoiadas são: captação e estação de tratamento de água, estações de bombeamento, adução, rede de distribuição, ligações prediais e intradomiciliares.

Para a implementação de esgoto sanitário o recurso disponível será de R$ 1,7 bilhão para aumento da cobertura de coleta e tratamento, proteção dos mananciais, despoluição de cursos d`água e redução de doenças causadas pela falta de saneamento básico. As ações apoiadas incluem redes coletoras, estações de bombeamento e de tratamento, interceptores e emissários.

Estarão disponíveis ainda R$ 300 milhões para que os municípios possam elaborar projetos de sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário, diagnóstico de situação, estudos de concepção e projeto básico e executivo.


Fonte: Secom Presidência da República
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COMEÇOU NESTA QUINTA SEMINÁRIO SOBRE O SANEAMENTO AMBIENTAL NA REGIÃO SUDESTE



Encontro é uma realização da FNU e Sindae-Campinas


Começou nesta quinta-feira, dia 28 abril, no Centro de Convenções da Unicamp com grande presença de trabalhadores, sindicalistas e militantes do setor, o Seminário “Os Desafios do Saneamento Ambiental na Região Sudeste”, esta é uma realização conjunta da Federação Nacional dos Urbanitários e do Sindae-Campinas, com o objetivo de realizar um amplo debate sobre a realidade do saneamento ambiental na região, partindo do diagnóstico – inclusive dos recursos hídricos existentes – até os desafios futuros.
É notório que o Brasil está passando por uma grande transformação em suas políticas urbanas, tanto com ampliação de investimentos, quanto na alteração da legislação vigente. E isso tem provocado mudanças institucionais por todo país. O aumento dos investimentos, por exemplo, foi notado a partir da criação do Ministério das Cidades (2003) que, através, principalmente, das Secretarias Nacionais de Habitação e de Saneamento Ambiental, vem fazendo parcerias com Municípios e Estados, e isso tem resultado em maciços investimentos em saneamento ambiental.
O Seminário seguindo a programação prevista realizou duas importantes mesas: “Diagnóstico do Saneamento Ambiental no Brasil, com destaque para a Região Sudeste” e os “Desafios do Saneamento Ambiental a partir dos Marcos Regulatórios”. Nestes debates estiveram presentes especialistas e lideranças do movimento sindical que atuam nas empresas e nos movimentos sociais em defesa do saneamento público.
Finalizando o dia foi realizada a reunião do Coletivo de Saneamento da FNU da Região Sudeste, para debater e encaminhar propostas de luta e organização dos trabalhadores do setor.


Fonte: FNU com informações do Sindae-Campinas
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MUNICIPALIZAÇÃO/PRIVATIZAÇÃO AGORA É EM PIMENTA BUENO

MUNICIPALIZAÇÃO/PRIVATIZAÇÃO AGORA É EM PIMENTA BUENO


As investidas de empresas privadas continuam agora é em Pimenta Bueno. Os vereadores aprovaram Lei autorizativa para concessão privada no município. Hoje a Caerd abastece 100% com água tratada. A votação foram 06 votos favoráveis à concessão privada e 03 contra. Varias manifestação contraria aconteceu em Pimenta Bueno, à população esta revoltada com o Prefeito e os vereadores privatistas. Alguns dias atrás Empresa de Mato Grosso alugou um ônibus para levar vereadores e lideres comunitário a visitar sistema privado. Sábado aconteceu grande carreata e passeata pelas ruas de Pimenta Bueno. A nossa luta não para, a nossa luta continua.
No ultimo dia 31.03 se reuniu no SINDUR dirigentes de Ariquemes, Ouro Preto, Jaru, Ji-Paraná, Rolim de Moura e Pimenta Bueno. A reunião deliberada pela executiva do SINDUR teve como objetivo avaliação da situação de cada município, articulação das ações e intensificar o plano de luta contra a Municipalização (concessão privada).
A Direção do SINDUR se reuniu com o Deputado Estadual Hermínio Coelho, do PT, para buscar apoio parlamentar na luta contra a privatização da empresa. Ficou acertado que o Deputado Hermínio encaminhará a convocação de uma Audiência Pública na Assembléia Legislativa e que serão convidados, o Ministério das Cidades, a Caixa Econômica, o Governo do Estado, a AROM e CAERD para se discutir as demandas sobre o Saneamento em Rondônia.

Fonte: Sindur
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Seminário " Os desafios do Saneamento Ambiental no Sudeste"

A FNU e SINDA-CAMPINAS realizam nos dias 28 e 29 de abril, em Campinas, São Paulo, um importante seminário, que discutirá a conjuntura do saneamento na região sudeste.
Serão dois dias de intensos debates. Mais informções no link abaixo.

http://www.fnucut.org.br/noticias/exibir/id/==AMBpWT
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Documento da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental

A Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental - FNSA, a partir de deliberação de sua coordenação, elaborou o documento abaixo com o objetivo de entregar e discuti-lo com autoridades do Governo Federal. Nossa intenção é contribuir na consolidação das conquistas e avançar na perspectiva da universalização do acesso aos serviços. Estamos tentando audiências para cumrpir nossos objetivos.


Brasília, 30 de dezembro de 2010
À Exma. Sra. Presidente Eleita
Dilma Vana Rousseff
A/C de Gilberto Carvalho


Aos seus futuros Ministros de Estado das Cidades, da Saúde, do Meio Ambiente e do Planejamento, Orçamento e Gestão.


Senhora Presidente,


A Frente Nacional PELO Saneamento Ambiental - FNSA, formada em 1997, constituída pelos principais entidades nacionais do saneamento (relacionadas ao final), exerceu um importante papel na luta pelo direito ao saneamento básico, opondo-se ao PL nº 4147, de 2001, que tentou privatizar o setor. Contribuiu decisivamente para a criação e funcionamento do Ministério das Cidades, onde o saneamento básico está integrado com outras políticas urbanas, bem como para a implementação das Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico (Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007) e da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010), vem, respeitosamente, apresentar as PROPOSTAS seguintes:
1. A continuidade da implementação das Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico, reunindo os programas e ações sob as mesmas diretrizes. Nesse ponto externamos nossa preocupação com a possível transferência de parte das políticas de saneamento básico para a Secretaria de Assuntos Estratégicos - SAE, entidade que não possui nenhum órgão de controle social, o que em muito difere do Ministério das Cidades, que possui o Conselho das Cidades, espaço que garante a participação de representantes da sociedade civil.


2. A integração da política de saneamento com a política habitacional, uma vez que a maior parte dos excluídos dos serviços públicos de saneamento são os moradores de favelas, palafitas e outras formas inadequadas de moradia, sobretudo nos grandes centros urbanos, bem como no meio rural.
3. A instituição de um programa de recuperação dos operadores públicos de saneamento básico. É necessário enfrentar as dificuldades de gestão, porque pouca eficácia terá as novas obras se os problemas de gestão não forem enfrentados. Doutro lado, é necessário superar a situação existente, pois onde existe o maior déficit sanitário é onde os operadores não possuem capacidade de endividamento ou não possuem capacidade de formular bons projetos e acessar recursos federais. Propomos assim, para enfrentar esse problema, que seja instituído um programa de recuperação dos operadores públicos de saneamento básico, porém norteado no resgate do papel público das empresas públicas, e não pela privatização de seu capital ou forma de gestão.
4. Torna-se necessário reformular os programas federais de saneamento básico: as políticas de saneamento básico possuem muita identidade com as políticas de saúde, contudo há grande disparidade no tratamento que, a cada uma delas, dá a Lei de Responsabilidade Fiscal, que reconhece tratamento diferenciado apenas para as políticas de saúde. Isso explica em parte porque, apesar dos recursos disponíveis para o saneamento básico, os investimentos não conseguem se efetivar, em prejuízo dos locais em que o déficit sanitário é maior.
5. Exemplo dessa nova abordagem de programas federais de saneamento são os programas PRODES, da ANA, e o PROGRAMA LIXO TRATADO, concebido pela SRHU/MMA, que possuem por foco os resultados, não a obra. Acreditamos que não seja o mais importante, nem o suficiente, o simples monitoramento da execução física das obras, mas, sim, saber, por intermédio de acompanhamento e monitoramento, se as obras e os investimentos produzem os resultados em termos de melhoria da salubridade ambiental e sanitária.
6. Para um melhor entendimento do que está acontecendo com os investimentos em Resíduos Sólidos, realizados pelo Governo Federal, por intermédio do Ministério do Meio Ambiente, no período de 2000 a 2008 foram firmados 82 convênios para construção de aterros, perfazendo um total de R$ 39,4 milhões, destes, apenas 8 convênios foram aprovados, sendo 54 % já estão em tomada de contas especial e o restante continua em análise com pendências que se arrastam. Das obras concluídas, após um ano e meio de operação, mais de 80% dos aterros sanitários se transformaram em lixões, demonstrando que fazer apenas a obra não é o suficiente. Este retrato, se verificarmos nos demais Ministérios, deve seguir o mesmo indicador, pois a sistemática aplicada – de obras – é a mesma. Agora com a Lei 12.305, de 2/08/10, os desafios neste setor aumentaram muito, pois nestes próximos 4 anos, a lei impôs uma mudança radical na gestão dos resíduos no Brasil.
7. Dentro dessa reformulação, há que se adotar um programa especifico para combater as perdas de água e promover a eficiência energética dos Sistemas de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário. O Índice médio de perdas de água no país é 39,1%, sendo que os valores médios por prestador de serviços variam de 10 a 80%. Na média nacional, para cada 100 litros de água produzidos, cerca de 40 litros são perdidos. A produção de água no Brasil é de 39,2 bilhões de litros de água por dia e o volume estimado de perdas é de 15,2 bilhões de litros de água por dia. Sugerimos que seja definida uma meta de redução de perdas de água a ser alcançada até o ano de 2014.
8. Necessário se instituir um programa nacional de assistência técnica, preparando os Municípios na utilização dos instrumentos da nova legislação de saneamento básico, fornecendo treinamento e suporte técnico visando a efetiva implementação do planejamento no saneamento básico. Aqui também, é fundamental a criação de mecanismos que dotem as representações da sociedade civil de condições para o exercício pleno do controle social preconizado na legislação.
9. Um programa de formação de profissionais que atuam e atuarão nestes novos empreendimentos é de fundamental importância. E, para isso, sugerimos o fortalecimento e reestruturação da ReCESA – Rede Nacional de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental, que desde 2005 vem sendo construída sob a coordenação do Ministério das Cidades, com apoio de um grupo gestor formado pelo Ministério do Meio Ambiente, pelo Ministério da Saúde, pelo Ministério da Educação, pelo Ministério da Integração Nacional, dentre outras instituições da qual destacamos as universidades federais.
10. Todos sabem do imenso esforço do Governo Federal, em conjunto com os demais entes da Federação, principalmente, com o advento dos PAC 1 e PAC 2, para enfrentar o desafio da universalização do saneamento básico no Brasil. Mas também, sabemos que as populações, ainda, desassistidas, se concentram nas periferias, nas favelas e em assentamentos precários, onde se concentram o maior contingente da população de baixa renda. Nesta lógica, para que se garanta o funcionamento real e contínuo dos serviços, devemos garantir a sua sustentabilidade que passa pelo pagamento das tarifas. Não podemos assistir mais a soluções serem construídas nos bairros pobres, mas a população não fazer uso porque não pode pagar a tarifa de água, especialmente quando esta é acrescida à tarifa de esgoto. Em suma, ficam sem o serviço, porque não podem pagar por ele. Para que possamos enfrentar esta realidade e fazer com que o prestador dos serviços públicos de saneamento básico realmente garanta a qualidade, torna-se necessário implementar um Programa de Subsídio Direto, espelhado no “Luz para Todos” e no “Bolsa Família”, onde o prestador recebe diretamente o subsídio, que deve ser vinculado a uma tarifa social, que pode ser vinculado ao Cadastro Único do Governo Federal.


11. Defendemos também a desoneração na cobrança de PIS/COFINS dos operadores públicos com a condição destes ser repassada para ampliar o benefício da tarifa social e ampliação dos investimentos no setor.
12. Reafirmamos nossa preocupação com a necessidade premente de apoio aos municípios atualmente atendidos pela FUNASA. Acreditamos que seja necessária uma reformulação nas políticas e programas atuais, significando rever a forma que os convênios estão sendo firmados para a construção de empreendimentos e para a assistência técnica esses municípios. A FUNASA tem uma história muito importante no saneamento brasileiro, que precisa ser resgatada. Tem que ter um basta à desmotivação, à demora e à ineficiência ou a propositura de soluções cultural e economicamente inadequadas para os pequenos Municípios – o que contrasta tanto com a história da FUNASA, que durante décadas foi referência para os sanitaristas e os defensores da saúde pública.
Informamos que nossos pleitos não são de cargos, nem de apoio a um ou outro partido político. Reivindicamos políticas públicas de saneamento, comprometidas com os princípios da universalização, da qualidade, do controle social e da Justiça Social.
Com isso, apresentamos aqui nossa proposta, aguardando que sejam úteis e colaborem com o Governo da primeira Mulher Presidenta do nosso Brasil, a qual depositamos nossas esperanças e certezas de continuidade e de avanços sociais.
Colocamo–nos à disposição para eventuais reuniões com membros do Governo para esclarecer, completar e debater o exposto neste documento.






Atenciosamente,


Edson Aparecido da Silva
Coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental


Entidades que compõe a FNSA:
Federação Nacional dos Urbanitários - FNU/CUT
Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento - ASSEMAE
Fórum Nacional da Reforma Urbana - FNRU
Confederação Nacional de Associação de Moradores - CONAM
Federação Interestadual dos Sindicatos de Engenheiros -FISENGE
Central de Movimentos Populares - CMP
FASE - Solidariedade e Educação
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC
Rede Brasileira Pela Integração dos Povos -REBRIP
Federação das Associações Comunitárias do Estado de São Paulo – FACESP
Vigilância Interamericana pela Defesa e Direito a Água -
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FNU,FNSA, CONAM E ASSEMAE se reuniram com Secretário Executivo da Secretaria de Assuntos Institucionais da Presidência

Entidades entregaram carta manifestando posição contrária à transferência do PLANSAB para outro Ministério

O Vice-Presidente de Saneamento da FNU, Rui Porto, juntamente com Bartira Perpétua, representante da CONAM, Sheila Agostini, Secretária-Executiva da ASSEMAE e Sergio Gonçalves do Ministério do Meio-Ambiente participaram no dia 04 de janeiro de 2011 de audiência com o Secretário-Executivo da Secretaria de Assuntos Institucionais da Presidência da República, Luiz Azevedo, onde manifestaram em nome da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental a preocupação com o anúncio da transferência do PLANSAB, para a Secretária de Assuntos Estratégicos, cujo titular é o Ministro Moreira Franco.
Na ocasião, foi protocolada uma carta da Frente, manifestando posição contrária, sobretudo em decorrência de que o Plano Nacional de Saneamento já estar em fase de conclusão, sendo que esta transferência, além de esvaziar o debate e todo o patrimônio de discussões políticas no Ministério das Cidades, ainda estaria sendo canalizado para uma Secretaria que não dispõe de nenhum mecanismo de participação popular e controle social a exemplo do Concidades.
Uma cópia da carta foi protocolada, juntamente a um pedido de audiência com o Secretário Geral da Presidência da República Dilma Roussef cuja data será definida a posteriormente, bem como será solicitada audiência com o novo Ministro das Cidades.
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Governo nomeará em fevereiro grupo para criar PNRS

Além da exigência de políticas locais, a lei determina que até agosto de 2014 nenhum resíduo sólido seja mandado para aterros sanitários.




Por Agência Brasil
O governo federal tem até junho para elaborar proposta do Plano Nacional de Resíduos Sólidos que inclua metas de redução, reutilização, reciclagem de resíduos, aproveitamento energético e extinção de depósitos de lixo a céu aberto. O plano será elaborado por grupo de técnicos e dirigentes de 12 ministérios, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Segundo o MMA, a nomeação do grupo interministerial sairá até fevereiro, mesma época da instalação do comitê orientador para a implantação dos sistemas de logística reversa – formado pelos ministros do Meio Ambiente, da Saúde, Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Agricultura.
O funcionamento do grupo e do comitê são fundamentais para induzir a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelecida em lei no ano passado. De acordo com a Lei 12.305/2010, além do nível federal, estados e municípios deverão elaborar seus planos para reaproveitamento, tratamento e eliminação de lixo orgânico e inorgânico. O prazo é até agosto de 2012. As unidades da Federação que não tiverem essas políticas definidas até a data não poderão utilizar recursos da segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para o tratamento de resíduos. O programa terá cerca de R$ 1,5 bilhão, alocados pelos ministérios do Meio Ambiente e das Cidades.
Além da exigência de políticas locais, a lei determina que até agosto de 2014 nenhum resíduo sólido seja mandado para aterros sanitários, apenas o material orgânico para compostagem (utilizável como adubo) ou para geração de energia (gás). Até essa data, não poderão funcionar mais os depósitos de lixo a céu aberto (lixões). Segundo Sérgio Gonçalves, diretor de Ambiente Urbano do MMA, o fim dos lixões depende da implantação completa da coleta seletiva em todos os 5.565 municípios brasileiros. Hoje, somente 900 municípios (menos de um quinto) têm alguma experiência de coleta seletiva.
De acordo com André Vilhena, diretor-executivo do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), menos de 10% dos municípios brasileiros estão “preparado para dar uma resposta imediata à lei”. Para criar aterros sanitários, as cidades poderão fazer consórcios. Conforme Sérgio Gonçalves, a medida racionaliza o esforço dos municípios. No estado de Minas Gerais, por exemplo, que tem 890 municípios, será preciso que essas cidades se reúnam e criem cerca de 100 aterros para atender à lei.
A Agência Brasil tentou ouvir a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) sobre a implementação da lei, mas não conseguiu fazer contato com o presidente Paulo Ziulkoski, que está em viagem ao interior do Rio Grande do Sul. Nota da entidade, publicada após o Decreto 7.404 (de 23/12/2010) que regulamentou a Lei dos Resíduos, alerta os municípios para a previsão de multas de até R$ 10 milhões para quem descumprir as orientações sobre a destinação adequada do lixo.
Para André Vilhena, um dos aspectos mais importantes da legislação de resíduos sólidos é fazer os municípios mobilizarem os catadores de rua e, assim, cuidar do ambiente e gerar renda aos trabalhadores. “A participação dos catadores é que vai resolver a equação da logística reversa”, avaliou. Segundo Vilhena, há cerca de 1 milhão de catadores no Brasil, sendo que de 25 mil a 30 mil trabalham em condições degradantes. Os indicadores mundiais estimam que 60% do lixo produzido nas cidades são de material orgânico e 40% de inorgânico (34% reaproveitáveis).
Fonte: Agência Brasil/EcoAgência
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Municípios têm até agosto de 2012 para elaborarem o plano de resíduos sólidos

Os municípios que ainda não possuem um plano local de Resíduos Sólidos, terão até agosto de 2012, para elaborá-los, de acordo com as determinações da Política Nacional de Residuos Solidos, instituída através da Lei 12.305 de agosto de 2010 que foi regulamentada pelo Decreto 7.404/2010.

Até agosto de 2012 todos os Municípios devem ter plano de Resíduos Sólidos

Governo nomeará grupo para criar política nacional de resíduos sólidos


O documento estabelece um prazo de dois anos para os municípios elaborem os planos e quatro anos para trocar os lixões por aterros sanitários. O prazo entrou em vigor desde o dia 3 de agosto do ano passado, quando o texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU). Caso o município, até o fim do prazo, não tiverem essas políticas definidas, não poderão utilizar recursos da segunda edição do Programa de Aceleracao do Crescimento (PAC 2) para o tratamento de resíduos.

De acordo com o diretor de Ambiente Urbano do MMA, o fim dos lixões depende da implantação completa da coleta seletiva em todos os 5.565 municípios brasileiros. Hoje, somente 900 municípios (menos de um quinto) têm alguma experiência de coleta seletiva. Ele ressalta a criação de aterros sanitários, para que as cidades possam fazer consórcios. A medida racionaliza o esforço dos municípios, afirma.

Fonte: Jus Brasil
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TRABALHADORES DA SANECAP CONQUISTARAM ACT COM GRANDES AVANÇOS

Os trabalhadores em saneamento e meio ambiente de Cuiabá deram uma grande demonstração de força e mobilização no dia 06 de dezembro ao paralisarem suas atividades em protesto contra o descaso da direção da Sanecap nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho. Diante da luta dos trabalhadores a empresa recuou e apresentou uma contraproposta no dia seguinte, que foi aprovada pela categoria em assembleia.

Os trabalhadores vinham lutando por esse acordo a algum tempo, realizando diversas reuniões com a direção da empresa, porem, com as novas nomeações e a troca de diretores as negociações voltaram a estaca zero e o pior, tudo que foi discutido para a nova direção já não valia nada. Diante do impasse não houve saída a não ser a luta dos trabalhadores com a paralisação das atividades.

Na opinião do presidente do Sintaesa, Ideueno Fernandes de Souza, a mobilização trouxe várias vitorias para a categoria, com grandes avanços. “Esse foi nosso primeiro acordo e a avaliação sem duvida foi positiva, pois conseguimos redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais, reajustes com ganho real de 15% a 40%, um ganho extraordinário. Conseguimos que a empresa reabrisse um novo estudo para o PCR, com a participação de um comitê paritário. Conquistamos um reajuste no tíquete de 7 reais para 12 reais, e conseguimos a implantação do auxilio-alimentacao, que não existia, no valor de 50 reais”, destacou ele.

Os trabalhadores mostraram que com mobilização e luta foi possível avançar, esse foi o primeiro passo de uma trajetória de muitas vitorias que irão acontecer. A luta continua!

Fonte- FNU
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Frente e FNU se reúnem com Moreira Franco para discutir o setor de Saneamento

Frente e FNU se reúnem com Moreira Franco para discutir o setor de Saneamento


Os representantes da Federação Nacional dos Urbanitários - FNU e da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental - FNSA, se reuniram no dia 20 de dezembro, na seda da Federação, no Rio de Janeiro, com o Futuro Ministro de Assuntos Estratégicos do Governo Dilma, Moreira Franco. O que motivou a reunião foi à informação de que o Plano Nacional de Saneamento - PLANSAB, hoje, sob a Coordenação do Ministério das Cidades, passará a ser atribuição do Ministério de Assuntos Estratégicos.

A posição da Frente e da FNU, foi a de que caso isso ocorra, é fundamental que não se perca todo o trabalho já desenvolvido pelas entidades que vem construindo a proposta que norteia a construção do Plano, bem como, que se continue sendo garantido os espaços de participação da sociedade. Além disso, reafirmaram sua posição em defesa do saneamento público, contra a privatização, a necessidade de se criar um programa de recuperação e revitalização dos operadores públicos de saneamento e a desoneração do pagamento do PIS e COFINS para as empresas públicas de saneamento, com a condição de que esses recursos sejam reinvestidos no setor.
O Futuro Ministro afirmou que espera ter na Frente, na FNU, e nas demais entidades do movimento popular, parceiros no apoio para as ações que pretende desenvolver a frente do Ministério, e que tratará o saneamento e a questão dos resíduos sólidos como prioridade. Além disso, afirmou que o Ministério deverá agir para solucionar problemas que estão colocados na ordem do dia e não só efetuar planejamentos para o longo prazo, e que os problemas a serem enfrentados se concentram, sobretudo, nas regiões metropolitanas, com destaque para o saneamento. Moreira Franco afirmou ainda que qualquer plano deve vir acompanhado de propostas de formas de financiamento para sua execução. Dessa forma, acredita, estará contribuindo para o que o principal projeto da presidente Dilma, de erradicar a pobreza no País, seja cumprido.
Assim que o futuro Ministro assumir, novo encontro deverá acontecer. Participaram desta reunião, pela FNU: Franklin Moreira, presidente da FNU, Luiz Gonzaga Tenório, diretor da FNU, Magno dos Santos, Secretário Geral da FNU e Edson Aparecido da Silva, Coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental.



Fonte: FNU