A Federação Nacional dos Urbanitários – FNU/CUT, entidade nacional filiada a CUT e que representa cerca de 200 mil Trabalhadores (as) dos setores de saneamento, energia, gás e meio ambiente vem a público se manifestar contra a intenção da prefeitura da cidade de Belém de privatizar o saneamento.
Essa retomada de tentativa de privatização ocorre após uma grande luta durante o ano de 2009 e que teve o apoio de ampla parcela da sociedade, inclusive da Governadora, e que culminou com a derrota da proposta na câmara de vereadores de Belém.
Muito nos estranha mudanças de posições com relação a privatização do saneamento em pleno início do processo eleitoral.
Todos sabem que a alternativa para superar as deficiências que o setor enfrenta não passa pela privatização dos serviços mais pela aplicação adequada dos recursos financeiros disponibilizados pelo PAC, pelo planejamento das ações e pela implantação de instrumentos de regulação e controle social sobre a prestação dos serviços.
Essa iniciativa da prefeitura de Belém coloca a cidade na contramão da expectativa da sociedade quanto as possibilidades de se alcançar a universalização do acesso aos serviços de saneamento, como abastecimento de água em quantidade e qualidade adequadas, coleta e tratamento de esgotos, bem como a política de coleta e destinação adequada dos resíduos sólidos e de drenagem.
A COSANPA, nesse mais de trinta anos em que opera o saneamento na cidade, constituiu um patrimônio técnico e tecnológico de qualidade e com muito esforço. Seus trabalhadores (as) nunca mediram esforços para atender da melhor forma possível a população da cidade, independentemente do governo estadual e municipal que estiveram à frente dos executivos. Isso apesar do constante sucateamento vivido pela empresa.
A experiência tem mostrado que a privatização do saneamento aumenta as tarifas, precariza as condições de trabalho e impõe queda na qualidade dos serviços. A lógica que norteia a relação do setor privado é o lucro.
Privatizar o Saneamento em Belém significa impor um grave prejuízo ao saneamento em todo o Estado, afinal, todos sabem que é na capital que a empresa obtém maior arrecadação e é isso que possibilita investimentos em outras cidades mais pobres.
Portanto, os defensores da privatização, vão ter que prestar contas, não só para a população de Belém , mas para a população de todo o Estado do Pará.
A FNU e o Sindicato dos Urbanitários do Pará, conclama toda a sociedade, sindicatos, entidades de classe, movimentos sociais e populares para cerrarem fileiras na defesa da prestação de serviços públicos com qualidade e controle social. Não mediremos esforços para derrotar, mais uma vez, essa proposta de privatização.
Contra a Privatização
Em defesa da Universalização do acesso aos serviços
Em defesa do controle social
Direção da FNU
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