sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Encontro continental de sindicatos de água e saneamento na Colômbia aprova criação


FNU participa de Projeto em defesa da Água como direito humano e Patrimônio Público nos Países Andinos

Reunidos em Cartagena- Colombia, entre os dias 7 e 9 de setembro de 2010, organizações sindicais de Água e Saneamento Ambiental do continente, marcam a Conferencia Regional Interamericana da ISP - Internacional de Serviços Públicos, na qual a FNU é afiliada, com a realização do I Encontro Continental de Sindicatos de Água e Saneamento.

Com o objetivo estratégico de debater e construir uma plataforma de luta permanente, com ações articuladas para o setor de Água e Saneamento Ambiental a nível continental e global no âmbito da ISP, o I Encontro Continental de Sindicatos de Água e Saneamento definiu como prioridade a defesa da água como um direito humano e não mercadoria e como um bem comum que pertence a todos e todas.

Para enfrentar e combater a privatização, e buscar alternativas de gestão pública que promova os direitos humanos, laborais e sindicais dos trabalhadores e trabalhadoras através de serviços públicos de qualidade os países participantes aprovaram por unanimidade a criação da Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Água e Saneamento das Américas – CONTAGUAS, com o principal objetivo de articular ações concretas em defesa da Água como patrimônio Público.

Á água, no nosso continente tem sido considerada como centro de disputa, atraindo o mercado através das transnacionais que atuam contra os direitos dos povos.

Através das várias narrativas e experiências dos países presentes no Encontro pôde-se constatar que existem diferentes estratégias dos governos sobre a água e saneamento na região, que em alguns casos fortalecem a gestão pública, e que em outros casos, promovem
a privatização, mas mesmo o modelo de gestão pública, conduzido pelas financeiras a nível mundial, continua colocando a água no mercado de manejo privado, acelerando o processo de privatização, através de diferentes modalidades: Parcerias Público Privadas, Concessões e Terceirização dos Serviços e outras, que menosprezam os direitos humanos e os direitos dos trabalhadores/as, como uma reestruturação do projeto neo-liberal.

O impacto nocivo das privatizações existentes, vem motivando uma crescente participação dos trabalhadores/as em alianças com organizações e movimentos sociais, em defesa da água como um direito humano e bem comum, com propostas pioneiras, como os acordos de cooperação Público- Públicos e Comunitários, que vem se desenvolvendo na região.

Fonte: FNU

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