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Encontro continental de sindicatos de água e saneamento na Colômbia aprova criação


FNU participa de Projeto em defesa da Água como direito humano e Patrimônio Público nos Países Andinos

Reunidos em Cartagena- Colombia, entre os dias 7 e 9 de setembro de 2010, organizações sindicais de Água e Saneamento Ambiental do continente, marcam a Conferencia Regional Interamericana da ISP - Internacional de Serviços Públicos, na qual a FNU é afiliada, com a realização do I Encontro Continental de Sindicatos de Água e Saneamento.

Com o objetivo estratégico de debater e construir uma plataforma de luta permanente, com ações articuladas para o setor de Água e Saneamento Ambiental a nível continental e global no âmbito da ISP, o I Encontro Continental de Sindicatos de Água e Saneamento definiu como prioridade a defesa da água como um direito humano e não mercadoria e como um bem comum que pertence a todos e todas.

Para enfrentar e combater a privatização, e buscar alternativas de gestão pública que promova os direitos humanos, laborais e sindicais dos trabalhadores e trabalhadoras através de serviços públicos de qualidade os países participantes aprovaram por unanimidade a criação da Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Água e Saneamento das Américas – CONTAGUAS, com o principal objetivo de articular ações concretas em defesa da Água como patrimônio Público.

Á água, no nosso continente tem sido considerada como centro de disputa, atraindo o mercado através das transnacionais que atuam contra os direitos dos povos.

Através das várias narrativas e experiências dos países presentes no Encontro pôde-se constatar que existem diferentes estratégias dos governos sobre a água e saneamento na região, que em alguns casos fortalecem a gestão pública, e que em outros casos, promovem
a privatização, mas mesmo o modelo de gestão pública, conduzido pelas financeiras a nível mundial, continua colocando a água no mercado de manejo privado, acelerando o processo de privatização, através de diferentes modalidades: Parcerias Público Privadas, Concessões e Terceirização dos Serviços e outras, que menosprezam os direitos humanos e os direitos dos trabalhadores/as, como uma reestruturação do projeto neo-liberal.

O impacto nocivo das privatizações existentes, vem motivando uma crescente participação dos trabalhadores/as em alianças com organizações e movimentos sociais, em defesa da água como um direito humano e bem comum, com propostas pioneiras, como os acordos de cooperação Público- Públicos e Comunitários, que vem se desenvolvendo na região.

Fonte: FNU
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Habitação e saneamento continuam sendo grande desafio para o próximo governo

Pesquisa revela que 43% domicilios brasileiros são inadequados
Cerca de 25 milhões não tinham água, esgoto ou coleta de lixo em 2008
A pesquisa de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável divulgada às 10h desta quarta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que, em 2008, 43% dos domicílios brasileiros (cerca de 25 milhões) eram considerados inadequados para moradia.
Em apenas 57% havia simultaneamente abastecimento de água por rede geral, esgotamento sanitário por rede coletora ou fossa séptica, coleta de lixo direta ou indireta e até dois moradores por dormitório.
Por outro lado, houve um aumento significativo, uma vez que, em 1992, apenas 36,8% dos domicílios eram considerados adequados.
As regiões Norte (28,6% de domicílios adequados), Nordeste (40,2%) e Centro-Oeste (39,4%), com exceção do Distrito Federal, apresentavam percentuais inferiores à média nacional. Já no Sudeste, o percentual era de 72,5%, e no Sul, 62,3%.
Em relação aos Estados, os menores percentuais estavam em Mato Grosso (21,1%) e no Amapá (22,5%). No Distrito Federal, os domicílios adequados chegavam a 78,6% e, em São Paulo, a 77,3%.
Saneamento
Ainda segundo estudo, caiu o número de internações por doenças ligadas ao saneamento ambiental inadequado. De 1993 a 1998, houve uma redução de aproximadamente 50%, de 732,8 por cem mil habitantes para 348,2 por cem mil, o que se explica pela melhoria nos serviços de saneamento e ampliação do acesso, além das melhorias nos registros de internação.
A partir de 1999, observam-se pequenas oscilações, chegando a 2008 com uma taxa de 308,8 internações por cem mil habitantes no país. Apesar da redução no número de internações, as desigualdades regionais permanecem. Em 2008, enquanto na região Norte 654 pessoas para cada cem mil habitantes foram internadas, no Sudeste a relação foi de 126.

Fonte: R7 notícias